O Procurador-Geral do Ministério Público do Pará, Cezar Mattar, indicado pelo governador Helder Barbalho, protocolou um pedido de intervenção na Prefeitura de Ananindeua. A medida, que não apresenta embasamento legal sólido ou provas concretas, levanta suspeitas sobre possíveis motivações políticas e estratégicas para sua nomeação ao cargo de desembargador.
Intervenção seletiva?
O alvo escolhido pelo Ministério Público chama atenção. O prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos, lidera uma das administrações municipais mais bem avaliadas do Brasil, enquanto escândalos de grande impacto financeiro seguem sem qualquer questionamento no governo estadual. Entre eles, destacam-se:
- Gastos milionários na COP30 em Dubai, sem transparência sobre os custos e benefícios reais para o Pará.
- R$ 15 milhões para uma escola de samba do Rio de Janeiro, enquanto escolas públicas paraenses receberam apenas R$ 70 mil.
- Mais de R$ 50 milhões para um show de Mariah Carey, em um evento realizado em local de difícil acesso.
- Obras do BRT e intervenções no Canal São Joaquim e Avenida Tamandaré, sem detalhes claros sobre prazos e custos.
- Enchentes constantes em Belém, problema recorrente que segue sem solução definitiva.
Enquanto os cofres públicos bancam despesas questionáveis, o procurador-geral escolhe intervir justamente na gestão de Daniel Santos.
Movimentação estratégica
Nos bastidores da política paraense, comenta-se que Cezar Mattar estaria buscando projeção para garantir uma vaga no Tribunal de Justiça do Estado. A ofensiva contra a Prefeitura de Ananindeua pode fazer parte desse movimento, já que a nomeação para o cargo de desembargador depende, em grande parte, do aval político do governo estadual.
A população de Ananindeua e do Pará tem o direito de questionar: por que apenas a Prefeitura de Ananindeua foi alvo desse pedido de intervenção? A resposta pode estar longe da legalidade e mais próxima de um projeto de poder.
O Justiça Sem Medo segue acompanhando o caso e cobrando transparência das autoridades.
